quarta-feira, 18 de maio de 2011

Carolina de Jesus

Nascida em Sacramento, Minas Gerais, e moradora da favela do Canindé, em São Paulo, Carolina sobrevivia como “catadora” de lixo, e foi no lixo que encontrou o seu passe para fora daquele mundo: um velho caderno. Neste caderno começou a escrever um diário nos meados da década de 50.  Em 1958, um jornalista, Audálio Dantas, ao fazer uma matéria sobre a favela, foi informado que uma das moradoras tinha um diário. Audálio teve acesso aos escritos e ajudou a editá-los.
Fonte: ...E disse o velho militante, de Cuti
Em 1960 era lançado o livro com o sugestivo título Quarto de Despejo. Segundo Carolina, “a favela é o quarto de despejo de uma cidade”. O livro se tornou em pouco tempo um best seller, tendo sido vendidos mais de cem mil exemplares em pouco menos de um ano. A obra alcançou repercussão no Brasil e no exterior e Carolina viajou para vários países. Talvez Carolina tenha sido nossa primeira escritora “periférica”.

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